Dia 18 de maio é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Abuso sexual é quando acontece uma relação ou alguma ação com objetivo sexual entre o adulto e a criança ou adolescente, onde o adulto busca se satisfazer. O assédio sexual, falar palavras ofensivas ou eróticas para crianças e adolescentes, exibir as partes íntimas, mostrar conteúdos inadequados e fotografar a vítima são exemplos deste tipo de abuso.

Fique atento aos sinais

É importante que todas as pessoas que convivam com esta criança e/ou adolescente (pais, educadores, assistentes sociais, avós, amigos) estejam atentas aos sinais, como: mudança de humor, sonolência, medo de escuro e de ficar sozinho, baixo rendimento escolar, perda de apetite ou fome exagerada. Por outro lado, esses sinais não confirmam que uma criança ou adolescente sofreu algum tipo de abuso, então é preciso acompanhar cada caso.

Em longo prazo, a criança ou adolescente pode começar a apresentar marcas pelo corpo, como arranhões, hematomas e, em casos de contato íntimo, infecções sexualmente transmissíveis. Dificuldade de fazer amizades, confiar em novas pessoas, construir relacionamentos amorosos, terem relações íntimas e até vícios são alguns sinais de que a criança ou o adolescente sofreu abuso.

Precisamos abordar este tema em casa e, se possível, dentro da sala de aula. Mas como tratar de um assunto tão importante e ao mesmo tempo tão delicado para crianças e adolescentes? Veja as dicas abaixo!

PIPO E FIFI

É preciso ter cuidado ao falar de violência sexual na escola, principalmente pelo preconceito e por muitos acharem que se trata apenas da relação sexual em si ou do uso de preservativo. “É muito mais abrangente que isso. A criança precisa entender seu corpo para se apropriar dele, desenvolver o autoconhecimento, aprimorar a autoestima e se prevenir de possíveis abusos”, comentou ao site Carta Capital a pedagoga e escritora Caroline Arcari, autora do livro “Pipo e Fifi”.

O livro é um instrumento para ajudar pais, professores e amigos a falarem da violência sexual contra crianças e adolescentes, usando uma narrativa ilustrada. Pipo é o personagem que diz “não” quando algum gesto ou carinho é errado e a Fifi diz “sim” quando algo é normal, desde que a criança permita. O site do livro traz publicações gratuitas que a equipe da sua organização pode trabalhar com as crianças e adolescentes em sala de aula. Acesse o site Pipo e Fifi!

 

 

 

 

 

 

 

(Ilustrações Isabela Santos)

DEFENDA-SE!

Outra opção para falar deste tema é usar os vídeos da Campanha Defenda-se. Criado pela Rede Marista de Solidariedade, por meio do Centro Marista de Defesa da Infância, a campanha promove a autodefesa de crianças, entre 4 e 12 anos, contra a violência sexual através de vídeos educativos, apropriados para meninos e meninas.

Os vídeos falam de temas importantes como aprender a dizer “não”, conhecer o próprio corpo, tomar cuidado com fotos e exposição na internet, não aceitar carona de estranhos, os diferentes tipos de carinho, sentimentos, entre outros. Eles ainda têm a opção de áudio descrição, libras e estão legendados em três idiomas (inglês, espanhol e português). Conheça mais sobre a Campanha Defenda-se, baixe aqui os vídeos ou assista pelo Youtube do Grupo Marista.

 
Reprodução: Youtube Grupo Marista

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BússolaCAST: Metodologias para o enfrentamento a violência sexual contra crianças e adolescentes

Dia 21 de maio debatemos algumas metodologias para enfrentar à violência sexual contra crianças e adolescentes e falamos da Campanha Defenda-se. Para esta conversa convidamos a Cecília Landarin Heleno, Analista de Projetos de Proteção e Defesa de Direitos do Centro Marista de Defesa da Infância e também o Vinícius Gallon de Aguiar, Coordenador da Campanha Defenda-se. Os convidados ainda disponibilizaram uma lista de materiais para trabalhar o assunto com os profissionais do Terceiro Setor e também com as crianças e adolescentes.

O episódio está disponível em vídeo e em áudio.