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5 estratégias para organizar dados e otimizar a prestação de contas em ONGs

Escrito por Tamires Lima | 24/01/25 12:46

A prestação de contas é um dos pilares da boa gestão em ONGs. Ela garante transparência, fortalece a confiança dos doadores e permite o aprimoramento contínuo das atividades da organização. No entanto, para que a prestação de contas seja eficiente e clara, é essencial que os dados da ONG estejam bem organizados. Neste artigo, vamos explorar como a organização de dados pode otimizar esse processo e compartilhar algumas estratégias práticas.

Por que organizar dados da sua ONG irá otimizar a prestação de contas em ONGs

Organizar os dados da sua ONG é crucial para que a prestação de contas seja clara, precisa e fácil de entender. Quando os dados estão desorganizados ou espalhados por diferentes plataformas, o trabalho de compilar e apresentar as informações para os doadores, parceiros e órgãos reguladores torna-se mais demorado e sujeito a erros. Além disso, dados desorganizados podem gerar dúvidas e questionamentos, prejudicando a imagem da ONG.

Com dados bem estruturados, a geração de relatórios se torna mais rápida e a comunicação sobre os resultados das ações é mais eficiente. Isso permite que sua organização demonstre a eficácia de seus projetos, o uso responsável dos recursos e o impacto gerado, criando uma base sólida de confiança com os stakeholders.

5 estratégias para organizar dados e otimizar a prestação de contas em ONGs

  1. Centralize todas as informações em uma única plataforma O primeiro passo para otimizar a prestação de contas é garantir que todos os dados relacionados à sua ONG estejam centralizados em uma única plataforma. Isso inclui informações sobre doações, despesas, atividades realizadas e resultados alcançados. A centralização evita a dispersão dos dados e facilita o acesso à informação, além de garantir que todos os membros da equipe tenham acesso a informações consistentes e atualizadas.
  2. Use ferramentas de gestão de dados e relatórios A adoção de ferramentas específicas para gestão de dados e relatórios pode transformar a forma como sua ONG organiza suas informações. Plataformas como CRMs para ONGs ou sistemas de gestão financeira oferecem funcionalidades que automatizam a coleta, organização e análise de dados. Essas ferramentas permitem que você crie relatórios detalhados com apenas alguns cliques, economizando tempo e reduzindo o risco de erro humano.
  3. Estabeleça um sistema de categorização claro Criar um sistema de categorização para seus dados é essencial para facilitar a organização e a consulta. Separe as informações em categorias como "doações", "despesas", "programas e projetos", "resultados e indicadores". Essa estrutura de organização facilita a busca de dados específicos e garante que, na hora de elaborar os relatórios, você possa acessar rapidamente as informações necessárias.
  4. Implemente processos de auditoria e verificação de dados Para garantir a precisão dos dados e evitar discrepâncias, estabeleça processos regulares de auditoria e verificação. Isso pode incluir a revisão de documentos, conferência de lançamentos e a validação de dados antes da elaboração dos relatórios. Uma auditoria bem-feita pode identificar falhas de registro e garantir que todas as informações estejam corretas e consistentes.
  5. Automatize a geração de relatórios A automação da geração de relatórios é uma estratégia poderosa para otimizar a prestação de contas. Muitas ferramentas de gestão permitem que você configure relatórios periódicos que são gerados automaticamente, com base nas informações inseridas no sistema. Isso reduz o tempo dedicado à criação manual de relatórios e garante que as informações sejam atualizadas em tempo real.

Boas práticas para seguir na hora de gerar relatórios de prestação de contas em ONGs

  1. Seja transparente e objetivo 

Os relatórios devem ser claros e objetivos. Evite termos técnicos e complexos que possam confundir quem está lendo. Apresente os dados de forma simples e honesta, destacando tanto os pontos positivos quanto as áreas que precisam de melhorias.

  1. Use gráficos e visualizações 

Gráficos e outras visualizações tornam as informações mais acessíveis e compreensíveis. Ao apresentar resultados, utilize gráficos de barras, pie charts e outras ferramentas visuais para destacar indicadores-chave, como a evolução das doações ou o impacto de um projeto.

  1. Destaque os resultados alcançados 

Mais do que apenas números e informações financeiras, um bom relatório de prestação de contas deve destacar os resultados tangíveis gerados pelos projetos. Mostre claramente como os recursos foram utilizados e qual impacto foi alcançado na vida dos beneficiários.

  1. Inclua histórias e depoimentos 

Relatórios que incluem histórias reais de beneficiários e depoimentos podem humanizar os números e mostrar o impacto social da ONG de forma mais poderosa. Esses relatos ajudam a conectar os dados com a realidade das pessoas que a ONG atende.

  1. Mantenha os relatórios atualizados

 A prestação de contas deve ser uma prática contínua, não apenas um evento isolado. Certifique-se de que seus relatórios sejam atualizados regularmente e refletem as ações mais recentes da ONG.

Dados que você deve incluir na prestação de contas em ONGs

1. Metas Quantitativas

  • Número de beneficiários atendidos: A meta pode incluir o número de pessoas diretamente impactadas pelas ações da ONG, como beneficiários de programas sociais, alunos em projetos educacionais, pacientes atendidos, etc.
  • Número de atividades ou eventos realizados: Incluir o número de oficinas, cursos, eventos, campanhas ou outros tipos de atividades realizadas no período.
  • Volume de recursos arrecadados: A meta pode ser o valor total arrecadado em doações, patrocínios, parcerias ou financiamento.
  • Número de novos doadores ou voluntários: Uma meta importante é o número de novos doadores ou voluntários que se engajaram com a ONG durante o período.

2. Indicadores de Impacto Social

  • Qualidade de vida dos beneficiários: Indicadores que mostram como a intervenção da ONG melhorou as condições de vida dos beneficiários, como aumento da escolaridade, redução da mortalidade infantil, melhoria na saúde, ou crescimento na empregabilidade.
  • Taxa de sucesso dos programas: Medir o sucesso dos programas da ONG com base nos resultados esperados, como a porcentagem de alunos que completam um curso ou o número de famílias que tiveram acesso a moradia digna.
  • Índice de satisfação dos beneficiários: Pesquisas de satisfação podem indicar o grau de impacto das ações da ONG na vida dos beneficiários. Esse índice pode ser medido através de questionários ou entrevistas.

3. Indicadores de Gestão e Eficiência Operacional

  • Taxa de retenção de doadores ou voluntários: Acompanhar o percentual de doadores ou voluntários que continuam com a ONG após um ano, o que indica a eficácia das estratégias de engajamento e a satisfação com os resultados da organização.

Conheça a Bússola Social 

A Bússola Social é uma ferramenta que pode ajudar sua ONG a gerenciar melhor sua estrutura organizacional. Com ela, é possível coletar e gerenciar dados de todas as atividades e atendimentos, criando relatórios detalhados que mostram os resultados alcançados e o impacto das doações. Isso facilita a transparência e a prestação de contas, fortalecendo a confiança dos doadores e garantindo a continuidade do apoio.

  • Crie relatórios detalhados: Registre e analise todas as atividades desenvolvidas em grupos, aulas, workshops e eventos.
  • Monitore participações individualmente: Tenha uma visão aprofundada do envolvimento de cada atendido, proporcionando insights valiosos.
  • Acompanhe atendimentos em detalhes: Registre e analise os atendimentos realizados, categorizando por tipo ou profissional responsável.
  • Acesse históricos completo dos atendidos: Mantenha um registro completo de todos os atendimentos, ações e anotações referentes aos beneficiados pela instituição.
  • Explore o perfil dos atendidos: Tenha acesso a informações detalhadas, incluindo faixa etária, gênero, cor da pele, escolaridade e renda familiar.
  • Visualize o impacto: Tenha uma visão geográfica do alcance da sua organização nos bairros e territórios da cidade.
  • Gere relatórios específicos: Produza relatórios sobre encaminhamentos, visitas domiciliares e benefícios concedidos.

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