Um dos maiores desafios de quem investe no terceiro setor, é escolher um projeto que desempenhe papel relevante na sociedade e que os recursos sejam empregados da maneira correta e de forma idônea.

De acordo com levantamento do Ceats-USP – Centro de Estudos em Administração do Terceiro Setor da Universidade de São Paulo, de 275 empresas pesquisadas, 56% investem em projetos sociais. Segundo dados do IBGE, o terceiro setor emprega 1,7 milhão de empregados e 20 milhões de voluntários no Brasil. Este universo corresponde a 1,4% do PIB, gerando R$ 32 bilhões.
Neste montante de números, pessoas e boas intenções, como se certificar de que o projeto escolhido é viável? Como ter garantias de que os recursos investidos, serão empregados da forma correta, beneficiando quem realmente precisa?

Confira algumas dicas de como investir em organizações comprometidas com o social.

A ONG realmente existe? E a documentação?

Certifique-se que a ONG tenha endereço físico, CNPJ e estatuto social, onde são definidas, missão, objetivo e sede administrativa.
Além do CNPJ devidamente cadastrado na receita federal, a organização deve possuir alvará de funcionamento, registro na Previdência Social da Caixa (FGTS) para os funcionários. Esse cadastro possibilita a OSC retirar certidões negativas de tributos trabalhistas, documento solicitado em doações, parcerias e financiamento público.
Como estas associações são administradas por diversas pessoas, verifique quem é o responsável legal, tempo de vida e quem são os conselheiros, conselho fiscal e se possui estatuto. Conhecer quem está por trás de uma ideia, é tão importante quanto a finalidade e o objetivo da organização. As ações da ONG são divulgadas nos meios de comunicação? Existem políticos ou pessoas públicas envolvidas?

Financeiro
Procure saber se o departamento financeiro está bem estruturado, se as pessoas envolvidas possuem conhecimento técnico e se a organização faz uso de programas de controle financeiro ou de gestão. Um bom sistema de gestão financeira pode auxiliar e muito na execução do projeto.
Verifique se frequentemente as OSCs prestou contas dos últimos projetos.

Objetivos
Antes de entrar na avaliação / seleção de projetos, tenha em mente os valores que a sua empresa possuí. Pense como esses valores podem ser trasnformados em critérios de avaliação, isso poderá nortear toda a seleção e avaliação, é bem importante a clareza do que a empresa busca ao apoiar projetos sociais. Esse entedimento deve ficarr a vista a todos que participam do processo.

Voltando a parte de seleção. Verifique se o projeto proposto tem objetivo a curto, médio e a plano a longo prazo. O objetivo principal do projeto, deve ser claro e deve impactar de maneira real na sociedade a qual se destina. Ele deve apresentar mudanças, e não somente ações que serão executadas ao longo do projeto.

Verifique se o plano é realista, que possa ser implementado de forma sistemática e sem atropelos. Tempo e duração de cada ponto também devem ser avaliados de forma criteriosa. Cada passo deve estar interligado, mostrando o caminho percorrido para chegar aos objetivos do projeto.

A criatividade é outro fator determinante para que o projeto tenha impacto na sociedade. Projetos com soluções criativas, são bem vistos pela comunidade e pela imprensa.
O projeto propaga a continuidade? Ele tem começo, meio e fim, mas os resultados e aprendizado, irão perpetuar tanto no ambiente empregado, quanto em projetos futuros da ONG? Nem sempre continuidade está ligada em repetir o projeto de forma contínua.

Transparência
Com os crescentes casos de corrupção, que assolam o país, destinar recursos para organizações muitas vezes desconhecidas, denotam uma pesquisa prévia. Verifique sempre os meios de comunicação da OSCs: redes sociais, sites e notícias. Além dessas informações sobre a OSC, busque referências das empresas parceiras, esse cuidado pode evitar uma dor de cabeça futura.
Muitas pessoas não apoiam por não terem acesso a ONG, investidores sociais precisam criar um laço com a organização e vice-versa. Como estreitar este relacionamento? Divulgando os resultados, as ações de forma simples. Crie meios de comunicação por meios de redes sociais, releases de imprensa e mala direta.

Impacto social
O projeto vai realmente causar um impacto positivo na comunidade, bairro ou local no qual a OSC vai aplicar estas ações?  Seja no campo da educação, meio ambiente, mobilidade ou saúde pública, o principal objetivo da organização é ser a diferença em locais muitas vezes esquecidos pelo poder público.
Uma dica, antes de pensar em qual projeto apoiar é interessante olhar para dentro de casa e entender quais os impactos sociais já estão sendo gerados pela empresa. Existem algumas metodologias para auxiliar nesse processo. Veja algumas delas abaixo:

Para descobrir se os objetivos do projeto vão gerar impacto social, são necessários estudos, que fornecem ao investidos resultados reais. Tais estudos podem ser Relatórios de Impacto de Investimento (IRIS). Uma metodologia que utiliza uma gama de definições de desempenho financeiro, social e ambiental. Empregando uma linguagem comum, é empregado em outros métodos de medição. Este sistema é apoiado pela Fundação Rockefeller e Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

O Sistema de Avaliação do Investimento Global de Impacto (GIIRS), também utiliza uma metodologia aberta, podendo ser usada em conjunto com o IRIS. Os dados são oriundos da iniciativa privada e fundos de investimentos. Ele atua em 4 áreas: Governança, trabalhadores/ colaboradores, comunidade e meio ambiente. Um diferencial do GIIRS é que vários fundos, investidores privados, alimentam o sistema com informações, facilitando a consulta.

O Retorno Social do Investimento (SROI), se baseia no valor que será criado e posteriormente destruído por uma organização. Em outras palavras, ele calcula o valor adquirido e não contabilizado em seus sistemas financeiros. O SROI não fornece dados específicos, sendo um sistema seguro, desde que operado de forma correta.
Criada por investidores portugueses, o Retorno Ecológico e Social de Investimento (RISI) é uma metodologia baseada em relatórios de sustentabilidade, chegando a um valor. Ele deve ser incluído em uma análise financeira mais ampla da empresa.

Como sua Instituição define quem apoiar? Comente queremos saber a sua opinião!

 

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