Com muitas demandas e poucos recursos financeiros e humanos, definir prioridades é essencial para garantir que a organização continue funcionando de forma eficaz e com impacto positivo.
Neste artigo, vamos discutir a importância de organizar as prioridades, os principais indicadores que podem ajudar nesse processo e um passo a passo para orientar ONGs com recursos reduzidos.
Para ONGs que enfrentam restrições orçamentárias, estabelecer prioridades é fundamental para otimizar o uso dos recursos disponíveis. Isso ajuda a garantir que o trabalho realizado tenha o maior impacto possível e que a ONG mantenha sua sustentabilidade a longo prazo. Ao definir claramente o que é mais importante, a organização pode concentrar seus esforços e investimentos nas áreas que realmente fazem a diferença.
Quando as prioridades não estão claras, o risco de sobrecarregar a equipe, desperdiçar recursos e perder o foco aumenta. Priorizar significa escolher o que é essencial e deixar de lado o que pode ser menos urgente no momento, permitindo uma gestão mais eficiente e eficaz.
Impacto direto nos beneficiários: verifique quais projetos estão atingindo diretamente o maior número de beneficiários e qual é a profundidade do impacto em suas vidas.
Custo-benefício dos projetos: avalie quanto custa cada projeto em relação ao seu impacto. Projetos de baixo custo, mas com alto impacto, podem ser priorizados em cenários de recursos limitados.
Sustentabilidade financeira: identifique quais atividades estão gerando receitas para a ONG ou possuem potencial para garantir captação de recursos no futuro.
Engajamento da equipe: a motivação e o engajamento da equipe também são indicadores importantes. Se um projeto está sobrecarregando os colaboradores, pode ser necessário reavaliá-lo ou buscar formas de aliviar a carga.
Aderência à missão: analise quais projetos estão mais alinhados com a missão e os valores da organização. Priorizar atividades que reforçam a identidade da ONG é essencial para manter sua integridade e relevância.
Reavalie a missão da ONG
Antes de qualquer decisão, é importante revisitar a missão da organização. A missão é o guia central que orienta todas as atividades da ONG, e priorizar projetos desalinhados pode enfraquecer a identidade da instituição.
Pergunte-se: “Quais ações e projetos estão diretamente relacionados à missão da ONG?” Proporcionalmente, os projetos mais próximos dos valores e objetivos principais devem receber mais recursos e atenção. A revisão periódica da missão também ajuda a ajustar o foco da ONG, considerando mudanças no cenário social ou nas necessidades dos beneficiários.
2. Mapeie todos os projetos em andamento
Em seguida, faça um levantamento completo de todos os projetos que estão sendo desenvolvidos, além daqueles em fase de planejamento. Isso inclui tanto atividades já executadas quanto aquelas previstas no curto e longo prazo. Classifique os projetos em termos de relevância, impacto social e demanda de recursos.
O mapeamento é essencial para visualizar o quadro completo e entender onde estão sendo aplicados os recursos, quais ações estão trazendo retorno e onde pode haver sobrecarga ou desperdício.
Atividades essenciais: projetos diretamente ligados à missão e que geram impacto significativo nos beneficiários devem ter alta prioridade.
Atividades complementares: projetos que dão suporte às atividades principais, mas que podem ser adiados ou executados com menos recursos.
Atividades secundárias: projetos que têm menor impacto ou não estão alinhados com as metas principais podem ser reduzidos ou suspensos temporariamente.
3. Avalie os recursos disponíveis
Uma análise detalhada dos recursos financeiros, humanos e materiais disponíveis é essencial para a tomada de decisão. Avaliar esses elementos com precisão permite entender até onde a ONG pode ir e ajuda a identificar onde estão os gargalos de capacidade. Pergunte-se:
Recursos financeiros: quais são as fontes de receita da ONG? Há verba suficiente para manter projetos a longo prazo?
Recursos humanos: a equipe está sobrecarregada? Há colaboradores ou voluntários com disponibilidade para assumir novas tarefas ou intensificar atividades existentes?
Recursos materiais: há infraestrutura suficiente para apoiar os projetos, como equipamentos, transporte ou espaços físicos?
4. Defina os indicadores chave de sucesso
Indicadores claros e mensuráveis ajudam a ONG a avaliar o progresso de cada projeto e sua contribuição para a missão, esses dados são fundamentais para entender se o projeto está no caminho certo e se vale a pena mantê-lo com os recursos limitados:
Custo por beneficiário atendido: quanto a ONG gasta para impactar cada beneficiário?
Taxa de engajamento: como os beneficiários e colaboradores estão interagindo com o projeto? Há alto nível de participação e envolvimento?
Sustentabilidade do projeto: o projeto tem potencial para ser autossustentável ou depende exclusivamente de doações contínuas?
5. Faça ajustes e comunique com a equipe
Uma vez que as prioridades estejam estabelecidas, é essencial comunicar claramente as decisões para toda a equipe. Mudanças nas prioridades podem gerar dúvidas ou resistências, e por isso é importante explicar os motivos por trás de cada escolha. Transparência na comunicação aumenta a compreensão e o engajamento da equipe.
Reuniões frequentes: realize reuniões com a equipe para alinhar expectativas e garantir que todos entendam as novas prioridades.
Ajustes contínuos: esteja preparado para fazer ajustes ao longo do caminho, conforme novas informações surgem ou as circunstâncias mudam.
Delegação de responsabilidades: com base nas novas prioridades, redistribua as responsabilidades dentro da equipe, garantindo que cada colaborador saiba quais são suas funções dentro do novo contexto.
Diversifique as fontes de receita: depender de uma única fonte de financiamento é arriscado. Busque formas de diversificar, como campanhas de doação online, parcerias com empresas e venda de produtos.
Monitore o fluxo de caixa regularmente: mantenha um controle rigoroso sobre todas as entradas e saídas financeiras. Isso evita surpresas e ajuda a identificar onde é possível economizar.
Invista em capacitação da equipe: uma equipe bem treinada pode ser mais eficiente e encontrar soluções criativas para os desafios financeiros. Capacitações também podem ajudar a equipe a desenvolver habilidades para captar mais recursos.
Priorize projetos de maior impacto: concentre-se em projetos que tragam mais retorno em termos de impacto social e financeiro. Avaliar o custo-benefício das atividades é essencial para tomar decisões inteligentes.
Use a tecnologia a seu favor: existem várias ferramentas tecnológicas que podem ajudar na gestão financeira e operacional da ONG. Softwares gratuitos ou de baixo custo podem otimizar a organização de dados e a captação de recursos.
A Bússola Social é uma ferramenta que pode ajudar sua ONG a gerenciar melhor sua estrutura organizacional. Com ela, é possível coletar e gerenciar dados de todas as atividades e atendimentos, criando relatórios detalhados que mostram os resultados alcançados e o impacto das doações. Isso facilita a transparência e a prestação de contas, fortalecendo a confiança dos doadores e garantindo a continuidade do apoio.
Ficou interessado? Entre em contato!