Crise de comunicação e imagem: saiba como sua ONG deve agir

Sua ONG está preparada para situações que podem abalar a reputação e credibilidade diante de apoiadores e beneficiários? Neste artigo, você vai aprender o que fazer em situações de emergência e como preparar a sua equipe para conter os danos e agir rapidamente.

O que é uma crise de comunicação e imagem em organizações?

Uma crise de comunicação e imagem ocorre quando um evento, ação ou comunicação negativa ameaça a reputação de uma organização. Para ONGs, isso pode ser especialmente prejudicial, pois a confiança e o apoio da comunidade são fundamentais para seu funcionamento. As causas podem variar desde má gestão de recursos, comportamentos inadequados de membros da equipe, até falhas em projetos ou programas.

Por que sua ONG deve ter um plano de gestão de crise elaborado?

Ter um plano de gestão de crise é essencial para minimizar os danos à reputação e à operação da ONG. Esse plano permite uma resposta rápida e eficiente, ajudando a manter a confiança dos doadores, beneficiários e voluntários. Sem um plano, a ONG pode enfrentar perda de apoio e redução de doações, por exemplo. 

  • Minimização de danos à reputação: a reputação é um dos ativos mais valiosos de qualquer organização, especialmente de uma ONG que depende de doações e apoio voluntário. Sem um plano de gestão de crise, a resposta pode ser desorganizada e lenta. Um plano bem elaborado permite uma reação rápida e coordenada, o que ajuda a controlar a narrativa e mitigar impactos negativos na imagem da ONG.
  • Manutenção da confiança dos apoiadores: doadores são fundamentais para a sustentabilidade de uma ONG. Em uma crise, é importante manter a confiança deles. Um plano de gestão de crise demonstra que a ONG está preparada para enfrentar desafios e resolver problemas eficientemente. A comunicação transparente e as ações decisivas ajudam a tranquilizar os doadores, por saberem que seus recursos estão em boas mãos, mesmo em tempos difíceis.
  • Redução de perdas financeiras: uma resposta inadequada a uma crise pode levar a perdas financeiras significativas. Doações podem diminuir e despesas inesperadas podem surgir. Um plano de gestão de crise bem elaborado inclui estratégias para proteger os recursos financeiros da ONG, como a criação de fundos de reserva e a identificação de fontes alternativas de financiamento.

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Passo a passo para agir diante de uma crise

1. Reconheça a crise

O primeiro passo para gerenciar uma crise é reconhecê-la prontamente. Ignorar ou minimizar a situação pode causar danos irreparáveis à reputação da ONG. Monitore constantemente as redes sociais, feedbacks de beneficiários e notícias para identificar sinais de alerta. Reconhecer a crise rapidamente permite uma resposta mais eficaz e oportuna.

2. Forme uma equipe de gestão de crise

Estabeleça uma equipe de gestão de crise composta por membros-chave da liderança, comunicação, operações e especialistas relevantes. A equipe deve ser responsável por tomar decisões rápidas e coordenar as ações necessárias. Defina claramente os papéis e responsabilidades de cada membro para garantir uma ação organizada e eficiente.

3. Avalie a situação

Reúna todas as informações disponíveis sobre a crise. Investigue o que aconteceu, como aconteceu e quem foi afetado. Faça uma análise detalhada dos fatos para entender a gravidade da crise. Essa avaliação inicial é importante para tomar decisões informadas e desenvolver uma estratégia de resposta adequada.

4. Comunique-se com transparência

Mantenha uma comunicação clara e transparente com todos os stakeholders. Emita um comunicado oficial reconhecendo a crise e explicando os passos que estão sendo tomados para resolver a situação. Seja honesto sobre os erros cometidos e as medidas corretivas que estão sendo implementadas. A transparência ajuda a manter a confiança e a credibilidade da ONG.

5. Aja rapidamente

Implemente ações corretivas imediatamente. Resolva os problemas identificados e tome medidas para mitigar os danos. A rapidez na ação demonstra comprometimento e responsabilidade, ajudando a conter a crise e a restaurar a confiança dos stakeholders.

6. Monitore e avalie

Acompanhe a evolução da crise continuamente. Monitore o impacto das ações tomadas e esteja preparado para ajustar a estratégia conforme necessário. Realize avaliações periódicas para garantir que a crise esteja sendo gerenciada de maneira eficaz e que os objetivos de resolução estejam sendo alcançados.

7. Aprenda e melhore

Depois que a crise for resolvida, analise todo o processo de gestão de crise. Identifique as lições aprendidas e incorpore essas aprendizagens no plano de gestão de crise. Atualize os procedimentos e estratégias para estar melhor preparado para futuras crises. A melhoria contínua é essencial para fortalecer a resiliência da ONG.

Aprenda tudo sobre transparência e prestação de contas neste artigo

 

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Como criar um manual de crise para sua ONG e estar preparado para potenciais cenários  

Passo 1: identificação de riscos

Análise de riscos
  • Realize uma análise de riscos: identifique todos os possíveis cenários de crise que sua ONG pode enfrentar. Isso pode incluir crises de reputação, desastres naturais, falhas operacionais, problemas financeiros, entre outros.
  • Avalie probabilidade e impacto: classifique cada risco com base na probabilidade de ocorrência e no impacto potencial. Essa classificação ajudará a priorizar as ações de preparação.

 

Passo 2: formação da equipe de crise

Estrutura da equipe

  • Defina a estrutura da equipe de crise: identifique os membros-chave que farão parte da equipe de gestão de crise. Inclua líderes de diferentes departamentos, como comunicação, operações, finanças e recursos humanos.
  • Designação de funções e responsabilidades: designe as funções e responsabilidades de cada membro da equipe. Cada pessoa deve saber exatamente o que fazer durante uma crise.

 

Passo 3: procedimentos de resposta

Etapas de resposta

  • Descreva as etapas de resposta: liste todas as etapas que devem ser seguidas desde a identificação da crise até a resolução completa. Isso inclui:
    • Identificação e avaliação da crise;
    • Comunicação interna e externa;
    • Implementação de ações corretivas;
    • Monitoramento e avaliação contínua.

 

Passo 4: modelos de comunicação

Comunicação interna e externa

  • Modelos de comunicação interna: desenvolva mensagens-padrão para comunicação interna. Isso inclui notificações iniciais à equipe e atualizações regulares sobre a situação.
  • Modelos de comunicação externa: crie comunicados de imprensa, postagens para redes sociais e e-mails para stakeholders. Assegure-se de que essas mensagens sejam claras, transparentes e adequadas ao público-alvo.

 

Passo 5: checklists de ações

Listas de verificação

  • Elabore checklists de ações: crie listas de verificação para cada tipo de crise. Essas listas devem incluir todas as ações necessárias, desde a ativação da equipe de crise até a comunicação com os stakeholders e a implementação de soluções.

 

Passo 6: contatos de emergência

Lista de contatos

  • Desenvolva uma lista de contatos de emergência: inclua contatos de todos os membros da equipe de crise, autoridades locais, serviços de emergência, fornecedores críticos e parceiros chave. A lista deve ser atualizada regularmente.

 

Passo 7: diretrizes para tomada de decisões

Processos decisórios

  • Defina diretrizes para tomada de decisões: estabeleça critérios para a tomada de decisões durante uma crise. Isso pode incluir processos de aprovação, níveis de autoridade e procedimentos para consultas rápidas com especialistas.

 

Passo 8: treinamento e simulações

Preparação da equipe

  • Realize treinamentos regulares: treine a equipe de crise periodicamente, para garantir que todos estejam familiarizados com o manual de crise e saibam como agir em diferentes cenários.
  • Simule cenários de crise: conduza simulações de crise para testar a eficácia do manual e identificar áreas de melhoria. As simulações ajudam a equipe a praticar suas respostas em um ambiente controlado.

 

Passo 9: revisão e atualização

Manutenção contínua

  • Revise e atualize o manual regularmente: o manual de crise deve ser revisado e atualizado regularmente, para refletir mudanças na organização, no ambiente externo e nas melhores práticas de gestão de crise.

 

Estrutura do Manual de Crise

Tabela de conteúdos

  • Sumário: inclua uma tabela de conteúdos detalhada para facilitar a navegação pelo manual.

Seções do manual

  1. Introdução
    • Objetivo do manual;
    • Importância da preparação para crises.
  2. Identificação de riscos
    • Lista de potenciais riscos;
    • Avaliação de probabilidade e impacto.
  3. Formação da equipe de crise
    • Estrutura da equipe;
    • Funções e responsabilidades.
  4. Procedimentos de resposta
    • Etapas detalhadas de resposta.
  5. Modelos de comunicação
    • Mensagens internas;
    • Comunicados externos.
  6. Checklists de ações
    • Listas de verificação para diferentes tipos de crise.
  7. Contatos de emergência
    • Lista completa de contatos.
  8. Diretrizes para tomada de decisões
    • Processos e critérios de decisão.
  9. Treinamento e simulações
    • Planos de treinamento;
    • Detalhes de simulações.
  10. Revisão e atualização
    • Procedimentos para manutenção contínua.

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A plataforma da Bússola Social simplifica o acompanhamento de atividades e a gestão de dados de ONGs através de várias funcionalidades:

  • Relatórios de oficinas e eventos: criação de relatórios abrangentes que registram a frequência e todas as atividades realizadas em grupos, aulas, workshops e eventos.
  • Acompanhamento da participação individual: permite o acompanhamento da participação individual de cada atendido nas atividades, oferecendo uma visão detalhada para a equipe.
  • Monitoramento de atendimentos: acompanha os atendimentos realizados, proporcionando uma análise detalhada com base no tipo de atendimento ou no profissional responsável.
  • Histórico dos atendidos: acesso completo ao histórico de atendimentos recebidos, ações e anotações referentes aos atendidos pela instituição.
  • Perfil dos atendidos: disponibiliza informações detalhadas sobre o perfil dos atendidos, como faixa etária, gênero, etnia, escolaridade, renda familiar, entre outros.
  • Mapa dos atendidos: visualização do impacto da organização nos bairros e territórios da cidade por meio de mapas interativos.
  • Outros relatórios: geração de relatórios adicionais, como encaminhamentos, visitas domiciliares e benefícios concedidos, para uma gestão mais completa e informada.

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