5 práticas para desenvolver a comunicação institucional da sua ONG
Desenvolver uma comunicação institucional eficaz é essencial para o sucesso de uma ONG. Uma comunicação bem estruturada fortalece a imagem da organização, engaja os públicos de interesse e contribui para alcançar os objetivos sociais.
Neste artigo, você vai entender o que é comunicação institucional, a importância de desenvolvê-la na sua ONG, quais áreas podem estar envolvidas e cinco formas práticas de aprimorá-la.
O que é comunicação institucional?
A comunicação institucional refere-se ao conjunto de estratégias e práticas utilizadas por uma organização para se comunicar de maneira eficaz com seus diferentes públicos, como doadores, voluntários, beneficiários, parceiros e a comunidade em geral.
Na prática, isso envolve a gestão da imagem e da identidade da ONG, a criação de mensagens coerentes e a utilização de canais adequados para disseminar essas mensagens. Vale lembrar que a comunicação institucional não se limita à divulgação de atividades, mas abrange também a transparência, a prestação de contas e a construção de um relacionamento de confiança com todos os stakeholders.
Por que sua ONG deve desenvolver a comunicação institucional?
Desenvolver a comunicação institucional é fundamental para o fortalecimento da ONG em vários aspectos:
- Construção de credibilidade: uma comunicação institucional clara e consistente ajuda a construir e manter a credibilidade da ONG, o que é essencial para atrair e manter doadores e parceiros.
- Engajamento de públicos: com uma comunicação eficaz, a ONG consegue engajar melhor seus públicos, incentivando a participação em campanhas, eventos e outras iniciativas.
- Transparência e prestação de contas: a comunicação institucional é uma ferramenta poderosa para garantir a transparência, o que é crucial para a confiança dos stakeholders. Informar regularmente sobre o uso dos recursos e os resultados alcançados reforça a legitimidade da ONG.
- Alinhamento interno: uma boa comunicação institucional também promove o alinhamento interno, garantindo que todos os colaboradores e voluntários compreendam e compartilhem os objetivos da organização.
5 práticas que você pode adotar para desenvolver a comunicação institucional na sua ONG
1. Elaboração de um plano de comunicação
A elaboração de um plano de comunicação é o ponto de partida para qualquer estratégia bem-sucedida. Este plano deve ser um documento vivo que guia todas as atividades de comunicação da ONG.
Definição de objetivos: o plano deve começar com a definição de objetivos claros e mensuráveis, como aumentar a visibilidade da ONG, engajar novos voluntários ou melhorar a captação de recursos.
Identificação dos públicos-alvo: identifique quem são os principais públicos da ONG, como doadores, voluntários, beneficiários e parceiros institucionais. Compreender as necessidades e interesses de cada grupo é essencial para direcionar a comunicação de maneira eficaz.
Estratégias e canais: detalhe as estratégias a serem usadas para atingir os objetivos e selecione os canais de comunicação mais adequados para cada público. Isso pode incluir desde newsletters até campanhas em redes sociais, vídeos institucionais e eventos presenciais.
Revisão e ajustes: o ambiente em que a ONG opera está em constante mudança, assim como as necessidades dos públicos. Por isso, o plano de comunicação deve ser revisado e ajustado periodicamente, garantindo que continue relevante e eficaz.
2. Criação de conteúdos relevantes
Produzir material que informe, inspire e engaje os públicos é fundamental para construir e manter uma boa imagem pública.
Relatórios anuais: estes documentos não apenas prestam contas das atividades realizadas, mas também são uma oportunidade de mostrar o impacto da ONG. Eles devem ser claros, concisos e visualmente atraentes, facilitando a compreensão e o engajamento dos leitores.
Histórias de impacto: compartilhar histórias reais de beneficiários, voluntários ou colaboradores humaniza a ONG e mostra de forma tangível como o trabalho realizado faz a diferença. Essas narrativas devem ser emocionantes e autênticas, reforçando a conexão com o público.
Artigos e vídeos: produza conteúdos que abordem temas relevantes para a missão da ONG e que possam educar e engajar o público. Você pode criar artigos sobre os desafios enfrentados pela organização, vídeos sobre projetos em andamento ou postagens em redes sociais que celebrem conquistas importantes.
Postagens em redes sociais: utilize as mídias sociais para compartilhar atualizações regulares sobre as atividades da ONG, interagir com o público e promover campanhas específicas. As postagens devem ser frequentes, visualmente atraentes e refletir a identidade da organização.
3. Utilização de múltiplos canais
Uma comunicação institucional bem–sucedida deve aproveitar a diversidade de canais disponíveis para alcançar diferentes públicos de maneira eficaz.
Meios tradicionais: continue utilizando canais tradicionais, como rádios locais e eventos presenciais, que são eficazes para manter contato com doadores e parceiros institucionais mais antigos.
Redes sociais: as redes sociais são essenciais para atingir um público mais amplo e diversificado. Plataformas como Facebook, Instagram e LinkedIn permitem uma comunicação mais imediata e interativa, aumentando o engajamento e a visibilidade da ONG.
Blogs e webinars: blogs são uma excelente forma de compartilhar conteúdos mais aprofundados e posicionar a ONG como uma autoridade em sua área de atuação. Webinars permitem uma interação direta com o público, oferecendo oportunidades de educação e engajamento em tempo real.
Vídeos e podcasts: o conteúdo audiovisual está em alta, e vídeos curtos ou podcasts podem ser ferramentas poderosas para contar a história da ONG, compartilhar novidades e educar o público sobre a missão e os projetos em andamento.
4. Treinamento da equipe
A comunicação institucional é uma responsabilidade de toda a equipe da ONG, não apenas do setor de comunicação. Por isso, investir no treinamento da equipe é crucial para garantir uma comunicação coesa e eficaz.
Capacitação em redação: ensine a equipe a redigir de maneira clara, concisa e adequada ao público. Isso é essencial para a produção de conteúdos institucionais, relatórios e comunicações internas.
Uso de redes sociais: capacite a equipe para usar as redes sociais de maneira profissional e estratégica, garantindo que as postagens reflitam os valores da ONG e engajem o público corretamente.
Gestão de crises: a equipe deve estar preparada para lidar com situações de crise de maneira eficaz. Treinamentos em gestão de crises podem ajudar a antecipar problemas, responder rapidamente a incidentes e mitigar os impactos negativos.
Neste artigo te ensinamos como elaborar um plano de gestão de crise
5. Monitoramento e avaliação
Monitorar e avaliar as ações de comunicação é fundamental para medir o sucesso das estratégias implementadas e fazer os ajustes necessários.
Métricas de desempenho: utilize métricas como alcance, engajamento, taxa de abertura de e-mails, visitas ao site e retorno sobre investimento (ROI) para avaliar o desempenho das campanhas de comunicação.
Feedback dos stakeholders: colete feedback regularmente de doadores, voluntários e outros stakeholders para entender como a comunicação da ONG é percebida e onde há espaço para melhorias.
Ajustes estratégicos: com base nas análises de desempenho e no feedback recebido, ajuste as estratégias de comunicação para aumentar sua eficácia e alinhamento com os objetivos da ONG.
Relatórios de resultados: produza relatórios regulares que detalhem o desempenho das iniciativas de comunicação, destacando sucessos, desafios e áreas de melhoria. Esses relatórios ajudam a manter a transparência e a responsabilização, além de informar futuras decisões estratégicas.
Quais áreas da ONG podem fazer parte de uma estratégia de comunicação institucional?
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Diretoria: a diretoria de uma ONG tem um papel fundamental na comunicação institucional. Não apenas porque define a visão, a missão e os valores que devem guiar todas as ações da organização, mas também porque é responsável por garantir que esses princípios sejam refletidos em todas as comunicações. A diretoria deve estar ativamente envolvida na definição das diretrizes de comunicação, garantindo que elas estejam alinhadas com os objetivos estratégicos da ONG. Além disso, a liderança da organização muitas vezes se torna a "voz" pública da ONG em situações importantes, como anúncios de novos projetos, parcerias estratégicas ou respostas a crises, o que reforça a necessidade de um envolvimento direto e contínuo nesse processo.
Saiba como definir metas para sua organização lendo este artigo
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Marketing e Comunicação: se a ONG possui um setor dedicado ao marketing e à comunicação, esse departamento é o responsável por criar, implementar e gerenciar as estratégias de comunicação institucional. Este setor é fundamental para a construção da imagem pública da ONG, utilizando ferramentas como redes sociais, site, newsletters, blogs, eventos e mídia tradicional. A equipe de marketing e comunicação deve ser altamente sintonizada com as metas e prioridades da ONG, garantindo que todas as mensagens estejam alinhadas com a identidade da organização. Além disso, esse setor deve monitorar e analisar o desempenho das campanhas de comunicação, ajustando as estratégias conforme necessário para aumentar o engajamento e o alcance da ONG.
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Captação de recursos: a equipe de captação pode utilizar as mensagens institucionais para atrair e fidelizar doadores, tanto individuais quanto corporativos. Ela deve ser capaz de comunicar de forma eficaz o impacto da ONG, os resultados dos projetos e a importância do apoio financeiro para a continuidade das atividades. A narrativa construída em torno da missão da ONG deve ser inspiradora e convincente, mostrando como as contribuições dos doadores fazem a diferença.
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Operacional: embora o setor operacional seja geralmente associado à execução dos projetos e atividades da ONG, seu papel na comunicação institucional não pode ser subestimado. A equipe operacional está na linha de frente dos projetos, lidando diretamente com os beneficiários e implementando as ações planejadas. Por isso, esse setor é uma fonte valiosa de informações sobre os resultados concretos das iniciativas da ONG. Relatar as histórias de impacto e os desafios enfrentados durante a execução dos projetos fornece conteúdo autêntico e poderoso para a comunicação institucional. Além disso, a equipe operacional pode ajudar a identificar oportunidades de comunicação que reforcem a transparência e a eficácia das atividades da ONG, aumentando a credibilidade e o engajamento dos públicos.
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Financeiro: a equipe financeira assegura que os relatórios de prestação de contas e as demonstrações financeiras estejam corretos e disponíveis para os stakeholders. Esses documentos são essenciais para transmitir a transparência e a boa governança da ONG, aspectos que são cada vez mais valorizados por doadores e parceiros institucionais. A comunicação desses relatórios, de forma clara e acessível, é parte integrante da estratégia de comunicação institucional, fortalecendo a confiança dos públicos e garantindo a sustentabilidade da organização.
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Recursos Humanos: o setor de recursos humanos também contribui para a comunicação institucional, especialmente no que diz respeito à comunicação interna, já que uma comunicação eficaz dentro da organização é fundamental para garantir que todos os colaboradores e voluntários estejam alinhados com a missão e os valores da ONG. Lembre-se: uma equipe bem informada e engajada é um dos ativos mais valiosos para a comunicação institucional, pois eles se tornam embaixadores naturais da ONG, propagando sua missão e valores tanto interna quanto externamente.
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- Relatório de oficinas e eventos: crie relatórios abrangentes que detalham a frequência e todas as atividades realizadas em grupos, aulas, workshops e eventos.
- Participação individual: acompanhe a participação de cada atendido em atividades específicas, fornecendo uma visão detalhada para a equipe.
- Atendimentos: monitore os atendimentos realizados, oferecendo uma análise detalhada com base no tipo de atendimento ou no profissional encarregado.
- Histórico dos atendidos: tenha acesso completo ao histórico de atendimentos recebidos, ações e anotações relacionadas aos atendidos da instituição.
- Perfil dos atendidos: acesse a informações detalhadas sobre o perfil dos atendidos, como faixa etária, gênero, cor da pele, escolaridade e renda familiar, entre outros.
- Mapa dos atendidos: visualize o impacto da organização nos bairros e territórios da cidade, facilitando a identificação de áreas de maior necessidade.
- Outros relatórios: gere relatórios adicionais, como encaminhamentos, visitas domiciliares e benefícios concedidos, para uma visão mais abrangente das atividades da ONG.
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