Conheça 10 princípios da captação de recursos de Ken Burnett
Quem é Ken Burnett
Ken Burnett é um renomado especialista em captação de recursos e marketing para organizações sem fins lucrativos. Ele é reconhecido por suas contribuições ao campo da filantropia, especialmente em relação ao desenvolvimento de estratégias para engajar doadores e maximizar o impacto das campanhas de captação de recursos.
É autor de vários livros sobre o tema, sendo o mais famoso "Relationship Fundraising", publicado pela primeira vez em 1992. Seus livros são amplamente utilizados por profissionais da área e servem como referência para melhores práticas em captação de recursos.
Além disso, Ken Burnett tem décadas de experiência em trabalhar com organizações sem fins lucrativos, ajudando-as a desenvolver campanhas de captação eficazes e sustentáveis. Sua abordagem centrada no doador e suas estratégias de construção de relacionamento têm sido adotadas por muitas organizações globais.
10 princípios da captação de recursos segundo Ken Burnett
Ken Burnett delineou alguns princípios essenciais que qualquer captador de recursos deve conhecer e aplicar. Estes princípios são baseados em sua experiência e sabedoria adquirida ao longo dos anos, listamos dez dos mais importantes:
- Pessoas doam para pessoas: as pessoas são movidas por conexões pessoais, não por organizações ou estratégias. A construção de relacionamentos genuínos é a chave para o sucesso na captação de recursos.
- Captação de recursos é uma parceria: captação de recursos não é algo que fazemos para as pessoas, mas com as pessoas. É essencial desenvolver amizades e parcerias antes de buscar doações.
- Foco no propósito, não no dinheiro: o dinheiro é apenas um meio para alcançar um fim. A captação de recursos deve se concentrar nas necessidades urgentes e no impacto significativo que as doações podem proporcionar.
- Empatia com os doadores: os captadores de recursos precisam ver as coisas através dos olhos dos doadores e se colocar em seu lugar. Compreender profundamente os doadores é crucial para estabelecer uma comunicação eficaz.
- O captador de recursos também é um doador: para captar recursos de forma eficaz, é importante que os captadores também sejam doadores. Isso ajuda a entender melhor a perspectiva e as motivações dos doadores.
- Relacionamento liderado pelo doador: ouvir os doadores, envolver-se com eles e oferecer-lhes escolhas é fundamental. O doador deve sentir que tem o controle sobre suas contribuições e que suas preferências são respeitadas.
- Sem pressão: nunca deve haver pressão para que alguém faça uma doação. A doação deve ser um ato voluntário e livre de coerção.
- Primeiro o coração, depois a mente: as emoções vêm antes da lógica na captação de recursos. Conquistar o coração dos doadores é o primeiro passo para depois engajar suas mentes.
- Compartilhamento de necessidades e realizações: A transparência é vital. Compartilhar tanto os desafios quanto às conquistas com os doadores fortalece a confiança e o engajamento.
- Conte histórias emocionantes: As histórias são poderosas ferramentas de captação de recursos. Contar histórias autênticas e inspiradoras ajuda a comunicar a missão e a importância da causa de maneira eficaz.
Esses princípios de Ken Burnett formam a base de uma captação de recursos eficaz e ética. Eles enfatizam a importância dos relacionamentos, da empatia e da transparência, e destacam que a captação de recursos é, em última análise, sobre conectar pessoas e causas de maneira significativa.
Dicas da Bússola Social para captar recursos para sua ONG
1. Diversifique as Fontes de Financiamento
Depender de uma única fonte de recursos pode ser arriscado. Diversifique suas fontes de financiamento buscando doações de indivíduos, empresas, governos e fundações. Além disso, explore possibilidades como eventos beneficentes, campanhas de crowdfunding e parcerias estratégicas.
2. Estabeleça Parcerias com Empresas
Muitas empresas estão dispostas a investir em projetos sociais como parte de suas políticas de responsabilidade social corporativa. Identifique empresas cujos valores estejam alinhados com os da sua ONG e apresente propostas de parceria. Ofereça contrapartidas, como visibilidade da marca e relatórios de impacto, para atrair e manter esses parceiros.
3. Utilize o Marketing Digital
O marketing digital é uma ferramenta poderosa para divulgar a causa da sua ONG e atrair doadores. Mantenha um site atualizado com informações claras sobre a organização, suas atividades e como contribuir. Use as redes sociais para engajar o público e promover campanhas de doação. E-mail marketing também pode ser eficaz para manter contato com doadores e parceiros.
4. Realize Eventos de Captação
Eventos beneficentes, como jantares, shows, leilões e bazares, são excelentes oportunidades para arrecadar fundos e divulgar a causa da ONG. Planeje eventos que possam atrair a comunidade local e envolva voluntários para ajudar na organização. Lembre-se de documentar e divulgar os resultados do evento para aumentar a transparência e credibilidade da ONG.
6. Cultive Relacionamentos com Doadores
Manter um relacionamento próximo e transparente com os doadores é fundamental para garantir contribuições recorrentes. Agradeça sempre pelas doações e mantenha-os informados sobre o impacto das suas contribuições. Relatórios periódicos, newsletters e visitas aos projetos são maneiras eficazes de manter os doadores engajados.
7. Monitore e Avalie os Resultados
Avaliar constantemente os resultados das ações de captação é crucial para identificar o que está funcionando e o que precisa ser ajustado. Use indicadores de desempenho para medir o sucesso das campanhas e adapte as estratégias conforme necessário.
Histórias para se inspirar
Federação de APAES do Espírito Santo
Após a implementação do sistema Bússola, as Apaes capixabas tiveram mais sucesso em captar recursos. Isso porque o acesso à informação certa no momento certo, permitiu que a Federação captasse recursos por meio de emendas parlamentares e conquistasse incentivos para fomentar projetos lá na ponta.
Ao longo de 2022, foram postos em prática 18 projetos por meio do Ciclo do Fundo Mais Inclusão. São recursos que saem da Federação e chegam nas Apaes, viabilizando iniciativas como o “Empreendedorismo da Pessoa com Deficiência Intelectual e/ou Múltiplas”, da Apae de Irupi; o “APAEdelícia”, da Apae de Guarapari; o “Conhecendo e Conversando Sobre a Empregabilidade da Pessoa com Deficiência”, da Apae de Alegre; e o “Inclusão Social no Mercado de Trabalho”, da Apae de Marataízes.
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Instituto Mucambo
O Instituto Mucambo utiliza os relatórios gerados no sistema da Bússola Social para fortalecer a captação de recursos e a atração de doações, já que a organização ainda não recebe investimentos de empresas privadas.
Essa estratégia é feita a partir da divulgação dos relatórios no site e redes sociais do Instituto Mucambo como forma de dar visibilidade ao trabalho realizado, as causas defendidas, e consequentemente construir credibilidade e despertar o interesse de potenciais doadores.
“A gente coloca esses relatórios no nosso site e nas redes sociais para divulgar nossa instituição e como forma de prestação de contas. A gente ainda não tem uma captação de recursos com pessoas jurídicas, nossa captação é 90% através de pessoas físicas. A prestação de contas é feita com os relatórios para dar credibilidade à instituição.” Comenta Israel Vasconcelos, coordenador do Instituto.
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Conheça a Bússola Social
A Bússola Social é uma plataforma que simplifica o gerenciamento de projetos sociais e o monitoramento de indicadores, além de permitir a geração de diversos relatórios valiosos para apoiar a captação de recursos. Esses relatórios fornecem informações detalhadas sobre atividades e atendidos, facilitando a prestação de contas, a atração de doações e investidores, e o levantamento de dados para inscrições em editais:
- Relatório de oficinas: gere relatórios com a frequência e carga horária de todas as atividades realizadas em grupos, aulas, workshops e eventos.
- Participação individual: acompanhe a participação de cada atendido nas atividades e obtenha uma visão detalhada para a sua equipe.
- Atendimentos: monitore os atendimentos realizados e realize análises detalhadas com base no tipo de atendimento ou no profissional responsável.
- Histórico dos atendidos: acesse todo o histórico de atendimentos recebidos, ações e anotações referentes aos atendidos da instituição.
- Perfil dos atendidos: obtenha informações detalhadas sobre o perfil socioeconômico dos atendidos, como faixa etária, gênero, cor da pele, escolaridade, renda familiar, entre outros.